Como estão as contas da Prefeitura de Belo Horizonte

No próximo ano, teremos eleições municipais. Para oferecer subsídios aos debates, iniciamos a publicação de uma série de artigos sobre o desempenho das contas da Prefeitura de Belo Horizonte. Os dados a seguir foram extraídos dos Boletins de Finanças dos Entes Federados 2017, 2018 e 2019, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional-STN do atual Ministério da Economia.

Os dados gerais obtidos até 2018 apontam que a Prefeitura enfrentou um forte aumento das despesas de pessoal em 2017. A sua capacidade de autofinanciamento registrou decréscimo no mesmo período. Paralelamente, o volume de investimentos passou a contar com recursos extraordinários em 2018.

A Arrecadação Própria em relação à Receita Total mostra o dinamismo econômico do município e sua capacidade arrecadadora.  Em 2018, 51,70% do que Belo Horizonte obteve de recursos veio de sua cobrança direta, principalmente,  do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSImposto sobre Propriedade Territorial Urbana – IPTU e Taxas. Este montante encontra-se em um patamar abaixo do verificado em 2016, quando recolhia o correspondente a 53,10% de sua Receita Total, embora seja superior ao registrado em 2017 (50,70%).

Os Investimentos com Recursos Próprios mostram  se o Tesouro Municipal  é a principal fonte para Despesas de Capital (obras e aquisições de máquinas e equipamentos) ou se os recursos são originários de empréstimos. Em 2017, Belo Horizonte chegou a realizar seus investimentos com 71,0% de recursos próprios, demonstrando baixo dinamismo. Em 2018, houve redução do financiamento próprio para 55,70%.

As Despesas de Pessoal constituem o principal dispêndio dos municípios. Em 2016, Belo Horizonte era a capital brasileira com o menor comprometimento de sua Receita Corrente com gastos de pessoal (45,6%).  Em 2017, ele passou para 49,6% e, em 2018, chegou a 50,40%.

A Despesa de Custeio engloba todos os gastos com a implementação de serviços e programas sociais. Em 2016, Belo Horizonte alocava 49,90% da Despesa Total para essa finalidade.  Esse montante caiu em 2017 (48,30%) e se recuperou levemente em 2018 (48,80%).

Dados Comparados de Despesas Fiscais de Capitais Brasileiras – 2016-2018

A Despesa de Custeio engloba todos os gastos com a implementação de serviços e programas sociais. Em 2016, Belo Horizonte alocava 49,90% da Despesa Total para essa finalidade.  Esse montante caiu em 2017 (48,30%) e se recuperou levemente em 2018 (48,80%).

Dados Comparados de Receitas Fiscais e Investimentos de Capitais Brasileiras – 2016-2018

Sobre Wieland 53 Artigos
Wieland Silberschneider é Doutor em Economia e Mestre em Sociologia pela Universidade de Minas Gerais.